Introdução
[[ Historicamente houve muita segregação, associação das pessoas deficientes a vergonha e perigo, elas foram escondidas, isoladas e trancafiadas. Por vezes, resquícios desta época estão presentes no preconceito e na falta de conhecimento daqueles que encontram dificuldades em incluir. É de conhecimento público a postura tomada diante da não correspondência ao ideal proposto pelas sociedades, práticas de exclusão e condenação. A prática do infanticídio foi utilizada, e os que não foram condenados a este fim, iam sendo paulatinamente (em alguns casos, sumariamente) afastados, escondidos ou abandonados à própria sorte.
Breve histórico
[[ Historicamente houve muita segregação, associação das pessoas deficientes a vergonha e perigo, elas foram escondidas, isoladas e trancafiadas. Por vezes, resquícios desta época estão presentes no preconceito e na falta de conhecimento daqueles que encontram dificuldades em incluir. É de conhecimento público a postura tomada diante da não correspondência ao ideal proposto pelas sociedades, práticas de exclusão e condenação. A prática do infanticídio foi utilizada, e os que não foram condenados a este fim, iam sendo paulatinamente (em alguns casos, sumariamente) afastados, escondidos ou abandonados à própria sorte.
Breve histórico
Em Esparta as aptidões físicas para ser um guerreiro eram condição de reconhecimento e aqueles que não as possuíam eram eliminados. Em Roma crianças “deformadas” eram descartadas nos esgotos. Na antiguidade a sociedade se estruturava a partir da agricultura, pecuária e artesanato, existiam os senhores e do outro lado servos e escravos, estes últimos nas palavras de Aranha (2001, P.2) considerados subumanos, dependentes economicamente. Assim como situa o autor, a vida só tinha valor à medida que era ligada a nobreza, os que não possuíam tal título valiam à medida que produziam para os nobres. Como para o restante do povo, a vida dos deficientes não representava uma perda significativa, abandoná-los ou eliminá-los não consistia em uma questão ética para tal organização social.
Na Grécia antiga berço da civilização ocidental existia a idealização da república, Platão escreve sobre as ocupações da medicina e da jurisprudência: “cuidarão apenas dos cidadãos bem formados de corpo e alma, deixando morrer os que forem corporalmente defeituosos [...] é o melhor tanto para esses desgraçados como para a cidade em que vivem” (Platão apud AMARAL, 1995, p. 44).
O infanticídio consistia já uma prática, no início da Era Cristã (4-65 d.C.). Sobre isso, Sêneca, assim se manifesta: “Nós sufocamos os pequenos monstros; nós afogamos até mesmo as crianças quando nascem defeituosas e anormais: não é a cólera e sim a razão que nos convida a separar os elementos sãos dos indivíduos nocivos” (Sêneca apud AMARAL, 1995, p. 46) ]]
LIMA, Juliana Nascimento, LENZI, Lala C. (orientação) A escola, a diferença e o sujeito: tessituras da inclusão. Ijui, UNIJUI, Trabalho de Conclusão de Curso de Psicologia, 2012.
Para saber mais:
AMARAL, L. A. Conhecendo a Deficiência (em companhia de Hércules). Robe: São Paulo, 1995.
KUPFER, M. C. Duas Notas Sobre a Inclusão Escolar. In: Escritos da Criança. Centro Lydia Coriat: Porto Alegre, 2001, n° 6.
LACAN, J. O Estádio do Espelho como Formador do Eu (1949). In: Escritos. RJ: ZAHAR, 1998.
MEIRA, A. M. G. Contribuições da Psicanálise para a Educação Inclusiva. In: Escritos da Criança. Centro Lydia Coriat: Porto Alegre, 2001, n° 6.
MILMANN, E. Sociedade Inclusiva e Globalização: Alguns paradoxos na Educação. In: Escritos da Criança. Centro Lydia Coriat: Porto Alegre, 2001, n° 6.